Mesmo com os problemas climáticos do momento, os técnicos do Ministério da Agricultura acreditam que a safra 2013/2014 atinja a marca recorde de 200 milhões de toneladas. No quarto levantamento da safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje (9) em Brasília, o número para a safra indicava 196,7 milhões de toneladas, também recorde, mas a soja pode melhorar ainda mais esse resultado.

“Há um aumento de produtividade da soja. Assim que terminar a colheita desse grão, haverá um aumento maior do que a estimativa divulgada. Podemos, assim, chegar aos 200 milhões de toneladas.”, disse o ministro da Agricultura, Antonio Andrade.
Para o ministro, o resultado demonstra que agronegócio está crescendo cada vez mais no país, conquistando espaços tanto internos, quanto externos. Segundo ele, a produção de grãos torna hoje o país respeitado pelas ações que tem adotado e que trazem consequências, como o aumento da produtividade.
“Quando anunciamos o Plano Safra, queríamos chegar a 190 milhões de toneladas. Superamos essa expectativa e chegamos a 197 milhões. Agora, estamos trabalhando duramente para chegar a 200 milhões de toneladas”.
O quarto levantamento da safra, de 196,7 milhões de toneladas, representa aumento de 5,2% em relação à safra passada, com registro de 186,9 milhões de toneladas. No caso da soja, houve crescimento de 10,8% e produção estimada de 90,3 milhões de toneladas para a safra atual.
O arroz teve alta de 5,1%, chegando a 12,4 milhões de toneladas, seguido pelo feijão (primeira safra), com elevação de 35,6%, e passando de 964,6 mil toneladas para 1,3 milhão de toneladas. A área total destinada ao plantio, informou a Conab, pode chegar a 55,39 milhões de hectares, com alta de 4% em relação à área plantada na safra anterior.
Um possível desabastecimento de milho, que registrou queda na estimativa de safra, foi descartado pelo ministro Antonio Andrade. Ele tranquilizou os produtores de frangos e suínos e disse que haverá abastecimento destinado à ração animal.
“A prioridade do Brasil é exportar carne. Não é exportar grãos. Exportamos grãos porque ainda não aumentamos significativamente a exportação de carne”, destacou. Ele lembrou que os números de exportação de carne [aves, suína e bovina] já foram maiores em 2013 do que no ano anterior, sem o governo descuidar do mercado interno.